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domingo, 29 de julho de 2007

Educar um filho...muito mais do que uma obrigação...UM ATO DE AMOR...

Tenho dois filhos, um em cada fase da vida, um de cada gênero, e eu, pelo amadurecimento da vida, criei os dois de forma diferente, mas para chegar ao mesmo fim, para que eles sejam homens de bem...

Hoje posso e consigo avaliar minha caminhada educativa em relação aos meus filhos, fui mãe aos 26 anos de idade, nasceu meu menino no dia 9 de Novembro de 1992, foi uma gestação tranquila do ponto de vista fisiológico, mas, já o emocional... chorava muito, tinha pesadêlos incríveis de persiguições, pessoas que me abriam a força para tirar o bebe de minha barriga antes do tempo, por várias vezes acordei em desespero, com o meu ex companheiro a me acalmar... acredito que tudo isso era o medo de não dar conta... um pouco de síndrome do medo, do que seria daquele serzinho que eu estava sendo presentiada pelo divino, como é que eu iria ajudá-lo em sua caminhada de vida, sem intereferir diretamente em suas escolhas, mas dando ferramentas emocionais, valores e firmeza, para que na hora de uma desição importante em sua vida, ela se desse da melhor forma possível...queria ser amiga deste ser, mas sem esquecer que cabia a mim a tarefa de lhe dar limites firmes e claros, ser companheira, mas não o afogar em meu egoísmo, pensando que aquele ser era "meu", queria compartilhar com ele os meus melhores momentos de vida, mas sempre sabendo que era importante também para ele, que ele vivesse os seus melhores momentos de vida também, nem sempre com a minha presença por perto... queria que ele confiasse em mim, mesmo assim sei que ele carrega seus segredos mais íntimos... não é isso que fazemos também? Pois é, o medo começou a tomar conta de mim... será que daria conta do recado? Acredito que meus pesadelos vinham disso, deste medo, chegou o grande dia, e pude vivenciar um momento que seria uns dos meus momentos mais emocionantes desta minha passagem por esta vida, a emoção de ser mãe, de ouvir o chorinho do "meu" bebê quando nasceu, de ver o seu rostinho pela primeira vez, de segurá-lo e amamentá-lo... ah, neste último, não foi fácil, ficava nervosa, não sabia como agir, achava que ele ficaria sem ar, mas nada que o tempo não ensine a mãe de primeira viagem como agir... ( sempre achei que criança tinha que vir com manual de instrução...), depois veio o que hoje eu vejo como "depressão pós parto" na época não me dei conta disso, mas lembro-me até hoje, quando entrei em casa pela primeira vez com aquele "pacotinho" em meus braços, pensei: - Agora acabou tudo, minhas viagens, meus cinemas, minhas saídas na noite... enfim, acabou, tenho que me tornar mãe... Este foi o meu pensamento naquele momento, e olha, já éra casada à 4 anos, ele foi programado (gravidez planejada), mas, naquele momento, acho que percebí que ainda não estava pronta para ser mãe.... me enterrei em casa com o meu "pacotinho" e daquele momento em diante passei a ser mãe, não queria mais ser amante.... não queria mais ter amigos... não queria mais ser a pessoa que eu era, engordei 26 kilos em uns 4 meses, como para dizer para o mundo que eu agora era mãe.... aquela mãe matrona...italiana... enfim, acredito hoje que isso foi um tipo de depressão pós parto, mas que só me dei conta no meu segundo parto que, de longe foi muito mais tranquilo que o primeiro, foi tão fácil ser mãe pela segunda vez, toda aquela angustia quando ouvia o choro do bebe e não sabia se era fome, frio, dor, desconforto, enfim, ( acho que bebes já deviam nascer falando...), no segundo filho, foi tão tranquilo, nada como a experiência para nos dar um pouco de excelência no assunto... quando você vê, o segundo já está andando... falando... fazendo gracinhas... enfim, sem aquela anciedade que você espera no primeiro... o nascimento do dentinho, a volta ao mundo do trabalho, outro momento angustiante para mim, quando deixava meu filho na escola, coisa que conseguí fazer somente quando ele tinha 1 ano e 3 meses, pois até o momento, dividia com o meu ex companherio esta tarefa de cuidar dele enquanto o outro estava trabalhando... encaichamos os nossos horários, já que os dois eram professores, bom, voltando ao assunto escola, deixáva-o lá e ficava esperando que ele chorasse pedindo a minha companhia, mas, qual não era a minha decepção quando ele me mandava embora... saía de lá arrasada, chorava muito... e pensava: -Sou uma péssima mãe... ele não gosta de mim... e assim ia, mãe de primeira viagem, além de dramática é um pouco neurótica.... e tirar as fraldas... outro capítulo a parte, tive muitos problemas para tirar as fraldas do meu filho, na época não tinha empregada, tinha que trabalhar e limpar a casa quando chegasse, e ainda, recolher o cocô que ele fazia... nossa aquilo me deixava doida... como é que ele não conseguia pedir, eu lhe mostrava aonde era, como era, o que tinha que fazer, como aquele "pedaço de gente" não conseguia fazer a sua parte???? Pois é, isso me passava pela cabeça, já a minha filha, não me estressei, esperei ela pedir para tirar as fraldas, ela já tinha quase 3 anos quando isso aconteceu, e para mim foi uma das melhores passagens do crescimento deles... Bom, hoje, ele tem 14 anos, ela tem 9 anos, e, graças a Deus, acredito ser uma boa mãe, eles confiam em mim, sou importante na vida deles e sei disso, não sou nem serei a pessoa mais importante, sei que um dia esta importancia terá outra dimenssão, mas sei que seremos sempre amigos... Acredito que conseguí e estou conseguindo passar valores, dando, com o meu exemplo de pessoa, instrumentos verdadeiros para que eles também possam fazer suas escolhas... mais importante que a oralidade do que se tem que fazer, são os exemplos que você passa para eles, estes sim, são filtrados, observados e absorvidos por eles como verdadeiros, aquilo que voce faz e não o que você fala que faz... Amo os meus presentes divinos, amo esta incubência de ser mãe, enfim, o melhor manual de instrução que ouví uma vez de minha mãe, em relação a criação de uma pessoa importante em nossas vidas: "CARINHO E CORINHO NA MEDIDA CERTA", acredito ser por aí, e este corinho não é necessariamente bater, mas sim, saber dizer um não na hora certa, saber conversar com eles, mostrar os seus pontos de vista... mostar os seus sentimentos naquele momento, que você sente medo sim... angustia sim... raiva sim... e que estes sentimentos são normais em qualquer relacionamento saudável e produtivo.

Abraços a todos

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