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terça-feira, 27 de março de 2007

Cuidados com o sol






Não tape o sol com a peneiraHá inúmeras opções de produtos no mercado que prometem barrar os raios solares e proteger a pele tanto da vermelhidão e da queimadura quanto do câncer. Saiba a diferença entre eles e qual o mais indicado para vocêPOR EULINA OLIVEIRA




Ninguém questiona mais a recomendação médica para se proteger contra os raios solares, não apenas no verão, mas em todos os dias do ano. Caso contrário, o mesmo sol que, de acordo com a dermatologista Lígia Kogos, de São Paulo, age como antidepressivo natural e agente da síntese de vitamina D e da fixação do cálcio no organismo, também poderá atuar como vilão. Seus raios, se não forem barrados, podem provocar efeitos danosos (e cumulativos) à saúde: de coceira, vermelhidão e queimaduras até envelhecimento e câncer de pele.




A dúvida agora é qual filtro solar adotar. Hoje, há protetores em creme, loção, gel e spray; com Fator de Proteção Solar (FPS) que vai de 2 até 60; os específicos para crianças; aqueles com fórmulas que previnem alergias e es pinhas; os resistentes à água e ao suor; os indicados apenas para o rosto...




Para complicar, não há uma regra sobre nomenclaturas que classifiquem esses protetores no Brasil. Cada fabricante avalia os ingredientes e o grau de FPS que compõem a fórmula do seu produto para só então vendê-lo, por exemplo, como bloqueador ou bronzeador. Para se ter idéia, algumas empresas consideram bloqueadores aqueles filtros com FPS acima de 15, outras acreditam que a atuação como bloqueador só funciona a partir de FPS acima de 20.




A dica dos especialistas é pedir orientações ao dermatologista sobre o tipo de pele e o filtro solar mais indicado para ela. Para ajudá-lo, Viva Saúde entrevistou especialistas e levantou tudo o que você precisa saber antes de besuntar o corpo e se expor ao astro-rei.




POR QUE NOS BRONZEAMOS?




O bronzeamento é conseqüência da exposição aos raios UVB. Durante esse processo, os melanócitos (células localizadas na camada basal da epiderme) se multiplicam e sintetizam mais melanina (pigmento natural responsável pela cor da pele e que absorve 90% dos raios ultravioletas). Daí, surge o tom mais escuro da pele ou o bronzeamento propriamente dito. Os raios UVA provocam pigmentação passageira, em função da oxidação de algumas moléculas superficiais.




PROTEÇÃO EM FRASCOS




Todos os filtros ou protetores, com exceção de alguns bronzeadores, são formulações desenvolvidas com ativos que protegem a pele da radiação solar e podem ser divididos em:




PROTETORES FÍSICOS (TAMBÉM CHAMADOS DE OPACOS OU BLOQUEADORES)






Suas fórmulas contêm substâncias minerais (óxido de zinco e dióxido de titânio) que não provocam alergias e, por serem opacas à luz, refletem e/ou dispersam a radiação solar. “São mais difíceis de espalhar e deixam uma camada branca sobre a pele. Apesar do inconveniente estético, são pouco irritantes, sendo indicados (especialmente os com FPS acima de 30) para pessoas de pele muito sensível e bebês”, diz a dermatologista Maria Fernanda Ierardi Ribeiro, de São Paulo. Com os avanços na indústria, reduziu-se o tamanho das partículas desses filtros, que passaram a ter maior aceitação.PROTETORES QUÍMICOSSeus ativos absorvem os raios ultravioletas antes de eles penetrarem nas camadas da pele, transformando essa radiação em outro tipo de energia menos nociva. São os protetores mais comuns e podem conter FPS de 2 até 60. O ideal é o uso do protetor com FPS adequado ao tipo de pele. Assim, o produto permite a obtenção de cor, mas sem risco de queimadura. Para a média dos brasileiros, o ideal é FPS de 15 a 20. Mas, quanto mais clara a pele, maior deve ser o FPS. Pessoas com cútis muito branca, que produzem predominantemente melanina vermelha (pouco eficaz para filtrar os raios UVB), por exemplo, devem utilizar FPS acima de 20 e evitar bronzeadores.




BLOQUEADORES






Geralmente têm fórmula com alto fator de proteção — ou seja FPS acima de 15 ou 20. “É comum uma fórmula com FPS maior do que 20 possuir em sua composição a associação de dois ou três filtros químicos e um físico”, fala a dermatologista Maria Fernanda Ierardi Ribeiro. Nos Estados Unidos, o termo bloqueador foi proibido pela legislação, uma vez que não é possível um bloqueio de 100% da radiação solar.




BRONZEADORES






Costumam apresentar FPS mais baixos (entre 2 e 6), com proteção mínima contra os raios solares, visando acelerar o processo de pigmentação da pele. São mais indicados para pessoas morenas e negras. Esse tipo de pele fabrica naturalmente a melanina marrom, que protege muito mais contra os raios ultravioletas. Mas cuidado: alguns deles, aliás, não possuem qualquer fator de proteção e sim substâncias (como urucum e cenoura) que ajudam a bronzear, ativando os melanócitos (células localizadas na camada basal da epiderme).




OS RAIOS E SEUS EFEITOS




NÃO TAPE O SOL COM A PENEIRA




Os raios ultravioletas A (UVA) são os principais responsáveis pelo envelhecimento da pele, por causa do estímulo à formação dos radicais livres. Eles penetram profundamente na pele, quase até a hipoderme, depositando grandes quantidades de energia que alteram as estruturas atingidas. Essa radiação destrói as fibras de colágeno, provocando a fragilização da pele. Já os raios ultravioletas B (UVB) agem principalmente sobre a epiderme (camada mais superficial). Seu efeito benéfico é a síntese de vitamina D no corpo. Por outro lado, são os principais responsáveis pelas queimaduras solares. O desgaste das células da epiderme e da derme (segunda camada), provocado por essas queimaduras, causa a liberação de substâncias para combater os efeitos inflamatórios nos tecidos e a dilatação dos vasos capilares da derme (responsável pela cor avermelhada após o sol). Também se observa a destruição intensa dos queratinócitos (principais células da epiderme), o que gera a descamação. O problema é que alguns queratinócitos podem se transformar em células précancerosas. O quadro pode evoluir para um câncer, caso o sistema de defesa local tenha desaparecido, o que ocorre após anos de superexposição solar sem proteção adequada. Os melanócitos (células que sintetizam a melanina, responsável pela coloração da pele) também podem se transformar em células cancerosas diante de uma queimadura solar, dando origem ao melanoma, o mais grave câncer de pele.




FONTE: LIVRO PELE E SOL, DE FRÉDÉRIC BÉRARD (ED. LAROUSSE)

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